sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ponta-de-Lança da moda

Néné voltou ontem a bisar, acumulando já 14 golos em apenas 17 jornadas, o que faz dele o maior goleador da Liga após Mário Jardel.

Claro que Néné, tal como a grande maioria dos brasileiros recrutados pelo Nacional, pouco tem a ver com os contentores de patrícios que todos os anos chegam a Portugal. Néné veio do Cruzeiro a troco de 500.000 USD, sendo um jogador com algum crédito no Brasil. E isto é importante quando se analisam nomes como Paulo Assunção ou Adriano, entre outros, saídos do Nacional por verbas elevadas e de categoria indesmentível.

O que mais me espanta em Néné, é a facilidade com que marca golos, de toda a maneira feitio. Há goleadores que marcam muito de cabeça, outros muito de pé direito, outros muito em bolas paradas. E, normalmente em Portugal, os goleadores têm sérias dificuldades em marcar golos.

Néné não. Ele inventa golos em lances que não são grandes oportunidades, mas onde um cabeçeamento forte e colocado faz a diferença entre uma mera jogada de ataque e um golo. Ou então aquele golo ao Sporting, dos melhores golos que recordo, quer pela espontaneidade, quer pela dificuldade técnica (a bola não ia fácil e o terreno estava pesado), quer ainda pela perfeição do movimento.



Néné está condenado a saír do Nacional. Em Janeiro ele já era goleador e andou tudo a dormir em Portugal. Hoje, o seu nome começa a ser falado ao mais alto nível na Europa e, eventualmente, os clubes portugueses ficarão para trás. Mais preocupados com os "penaltys", "frutas" e "legumes". E a Liga Portuguesa ficará mais pobre.

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