
O Enke surgiu no Benfica numa altura terrível para o clube, e acabava por ser uma lufada de ar fresco nos encarnados, pela sua qualidade inquestionável, aliada à sua juventude. Acrescentava a isso um ar meio "hippie" que fizeram dele um jogador por quem tinha algum carinho e cuja carreira fui sempre acompanhando.
Enquanto acompanhava a carreira, acompanhei também a tragédia pessoal porque passou há alguns anos, perdendo um filho, e mais recentemente o azar que o afastou da competição numa altura em que se afirmava definitivamente como guarda-redes de topo. A notícia da sua morte deixou-me chocado. Mais ainda ao descobrir que era suicídio, numa altura em que o seu nome era inclusivé falado para potencial titular da selecção germânica e como estando a caminho de um clube de topo europeu.
A vida é cheia de mistérios e dramas. Os de Robert Enke acabaram esta tarde, numa passagem de nível.
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